Imagens: Reprodução/TV VIP

Já parou para calcular, mesmo que mentalmente,  quanto custa um ato de vandalismo?  No Cemitério de Tijucas, a conta é fácil e difícil ao mesmo tempo. A dificuldade vem, justamente, pela grande quantidade de casos registrados, tornando o resultado impossível.

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Fotos: Luan Lucas/VipSocial

Basta dar um passeio por qualquer área do sepulcrário. Em praticamente todos os túmulos  há um sinal de que um vândalo passou por ali. São marcas feitas uma, duas, três, quatro vezes… até que a família canse de substituir a peça e deixa somente o espaço vazio.

Entre os monumentos destruídos, estão ex-autoridades da cidade, políticos, pessoas que contribuíram com importantes feitos à comunidade, que emprestam seus nomes e legados para batizar ruas e avenidas da cidade, mas, acima de tudo,  cidadãos que nem na sua própria sepultura conseguem ter segurança.

O empresário Bernardino da Silva visita o espaço constantemente e  contabiliza mais de 100 túmulos de amigos, familiares e conhecidos que foram violados. Os atos de vandalismo e furto o deixam triste e revoltado ao mesmo tempo.

Eu venho já com essa dificuldade há mais de anos. São anos e anos que a gente vê, não só eu, mas muita gente sofrendo com esse vandalismo. A tristeza é quando alguém vê o nosso trabalho e sai daqui triste”.

     Bernardino da Silva, empresário

Há pouco tempo,  após mais um furto no túmulo que pertence à família do empresário, Bernardino decidiu fazer uma experiência: calcular o prejuízo provocado pelo crime. Os valores foram apresentados e assustam:

Estima-se que vários milhões de reais tenham sido investidos no local, que conta com pedras de mármore das mais variadas formas e diferentes preços. Alguns jazigos, como o da Família Bayer,  uma das mais tradicionais da cidade, são alvos constantes dos autores.

Por lá, as correntes que cercam o espaço foram, um dia, de bronze. Porém, cansados dos constantes furtos, os representantes  optaram por uma alternativa mais barata e trocaram o bronze pelo plástico.

O túmulo da parteria Emília Ramos, homenageada com o nome original da Avenida P4, também foi violado.  A tampa de mármore grossa não foi forte o bastante para os vândalos. E a cena se repete no do empresário do ramo do transporte, de telha, o do dono do posto, o do ex-prefeito, do político, do pai, da mãe, do avô, da avó… nada fica pra trás.

 QUANTO UM VÂNDALO GANHA POR PEÇA FURTADA? 

Essa resposta é uma grande incógnita. Porém,  através de um trabalho de pesquisa junto a empresas do ramo de ferro velho, dá pra chegar próximo de uma quantia utilizando o valor pago pelo quilo do metal. Veja abaixo: