Na entrevista esclareceu todos os detalhes sobre sua vida, desde a infância até os dias atuais. Entre os muitos questionamentos e respostas,  contou detalhadamente como foi o fatídico dia 27 de agosto de 2020 , data do crime.

 

PLANEJAMENTO

Foi em julho que Rozalba percebeu que a gestação de Flávia seria próxima a sua. Depois de saber que Flávia teria uma criança do sexo feminino, começou a pensar, mas não sabia como faria. Seu principal objetivo era  assassinar Flávia e ficar com a criança .

O plano poderia ser abortado caso a grávida estivesse esperando um menino. A assassina afirma que procuraria outro alvo.

 

COMO FARIA

A ideia de simular um chá de bebê surpresa para Flávia veio duas semanas antes do crime. Para isso, conversou com a vítima e a convenceu de fingir que não sabia do evento, “deveria parecer uma suspresa”. Para deixar o plano mais convincente convidou uma amiga em comum para participar, porém, logo depois disse que a festa havia sido cancelada. A farsa foi mantida para Flávia.

 

Artes: Reprodução Laudo Pericial / Luiz Junior/VipSocial

 

Com a data do chá de bebê se aproximando, pesquisou vídeos sobre como abrir o útero de uma grávida. “Dois ou três dias antes do homicídio”, a assassina revela que foi até a cerâmica abandonada. Explica que ficou cerca de cinco minutos analisando o local.

 

 

SOBRE O LOCAL

Em depoimento diz que  arquitetou e executou todo o plano sozinha . Disse ainda, que não voltaria ao local por achar que o corpo não seria encontrado.

 

 

QUAL ERA O PLANO

Alega que nunca havia pensado em matar alguém ou visto bebês serem arrancados do ventre de mulheres grávidas.  Tinha convicção que seu plano daria certo e criaria a criança como sua filha .

 

ÚLTIMOS MOMENTOS DE FLÁVIA

Rozalba já tinha o estilete, mas precisou sair para comprar a máscara de dormir. Foi buscar Flávia e foram para o suposto chá de bebê. Conversaram sobre a festa no caminho.

Estacionou o carro na cerâmica abandonada, colocou a venda em Flávia, “a fim de conduzi-la ao local da surpresa, onde estariam as convidadas”.

Andaram alguns metros, momento em que o primeiro golpe de tijolo foi dado na parte de trás da cabeça da vítima, Flávia perdeu o equilíbrio, tentou pedir ajuda, virou-se para Rozalba e disse,  "por que tá fazendo isso? Nunca te fiz nada!” .

 

 

Sem exitar, continou as agressões com “mais quatro ou cinco tijoladas” até que Flávia caiu. A vítima ainda se mexia e mesmo assim, Rozalba iniciou os cortes no ventre de Flávia. A grávida sangrava muito, mas “ainda respirava”.

Revela que precisou fazer esforço para retirar a criança, que sofreu cortes durante a brutalidade. A menina nasceu chorando. Rozalba diz que estava nervosa no momento em que fugiu,  “com adrenalina por ter matado alguém” .

 

SENTIMENTO

Disse que se arrepende “por tudo o que fez”. Alega que se fosse hoje não teria feito. Se refere ao crime como uma “cagada” e “loucura”. Dúvida que as pessoas que a conhecem tenham, de início, pensado que ela pudesse fazer algo assim, pois “sempre foi feliz e contente”.

 

 

Quando viu Flávia no chão veio, imediatamente, o arrependimento, “mas já era tarde”.

 

 

Sobre a vítima diz, “quero nem lembrar”. Afirma que sente-se culpada pela prisão de seu marido e dúvida que irá perdoá-la.