Na reeleição de Cândido em 2016, a dinâmica se manteve. Pedroca, do MDB, foi o vice na chapa, e juntos, eles venceram com 54,33%, ou 9.509 votos. Nas eleições seguintes, em 2020, a parceria continuou, mas com uma mudança nas funções: o MDB tomou a frente com Pedroca como candidato a prefeito, enquanto o PSD integrou a coligação. O resultado foi expressivo, com 48,66% dos votos e 7.363 sufrágios.

Entretanto, a eleição de 2024 trouxe uma reviravolta. O PSD lançou Daniel Cândido em busca de um terceiro mandato, enquanto o MDB optou por Pedroca na tentativa de reeleição. O resultado, no entanto, foi decepcionante para ambos os candidatos. Daniel Cândido obteve 4.666 votos, correspondendo a 26,67% dos votos válidos, enquanto Pedroca ficou ainda mais atrás, com 3.327 votos, ou 19,01%.

 

 

Essa nova configuração eleitoral expôs uma fragilidade que já era visível. Os dois partidos, que compartilharam uma base eleitoral significativa ao longo dos anos, acabaram inviabilizando um ao outro ao lançarem candidatos de forma separada. A divisão dos votos entre Daniel e Pedroca pode ser vista como um fator determinante para a queda no desempenho de ambos. A soma total dos votos recebidos pelos dois candidatos atinge 7.993, evidenciando que, caso tivessem concorrido juntos, o cenário poderia ter sido bem diferente. Embora não se possa afirmar que isso garantisse a vitória, a união teria aumentado consideravelmente suas chances na disputa.

 

 

A experiência de Cândido, aliada ao apoio contínuo do MDB, sugere que o relacionamento entre os partidos foi um elemento crucial para o sucesso em eleições anteriores. Em 2024, a falta dessa colaboração pode ter sido a razão pela qual ambos não conseguiram se destacar em um cenário onde a divisão de votos favoreceu outros candidatos.

Assim, a análise do desempenho de Daniel Cândido não pode ser dissociada da história de colaboração entre o PSD e o MDB. Um inviabilizou o outro.