A operação, que envolveu os estados de Santa Catarina, São Paulo e Paraná, cumpriu mandados de prisão e busca em várias cidades, incluindo São João Batista (SC), Nova Trento (SC), Brusque (SC), Diadema (SP) e Rio Branco (PR). O grupo criminoso era especializado em fraudar os exames toxicológicos obrigatórios para motoristas que precisam da CNH nas categorias de veículos pesados, como caminhões e ônibus.

 

 

De acordo com o delegado Osnei Valdir de Oliveira, da Polícia Civil de Santa Catarina, o esquema utilizava amostras de cabelo de uma criança para burlar os exames.  Ele afirma que foram utilizadas mechas de cabelo de uma menina, para realizar diversos exames, sendo apresentadas como amostras de motoristas com dependência química. Essa tática permitia que motoristas com histórico de uso de drogas obtivessem resultados favoráveis e, assim, conseguissem a habilitação sem ser detectados.

 

 

Início da investigação e desmantelamento do esquema

A investigação teve início em maio de 2022, quando um suspeito de furto de cargas no Paraná revelou que havia burlado a lei para obter sua CNH devido à dependência química. O homem, interrogado sobre como conseguiu realizar o exame toxicológico, apontou as autoescolas e os postos de coleta de material biológico envolvidos na fraude. 

Os Detrans dos estados envolvidos — Paraná, São Paulo e Santa Catarina — afirmaram que as CNHs obtidas por meio do esquema serão canceladas, e as autoescolas que participaram da fraude enfrentarão processos administrativos. A investigação continua em andamento para identificar outros envolvidos e ampliar o escopo das fraudes, que podem ter colocado em circulação motoristas inaptos, aumentando os riscos nas estradas.