INFORMAÇÃO VERDADEIRA

Não havia elementos suficientes que pudessem identificar os autores do crime. A guarnição voltou até a residência da vítima para tentar obter mais detalhes do que aconteceu. A mulher, extremamente abalada, confessou que as primeiras informações eram falsas.

Ela revelou que estava em casa e que um colega de trabalho do seu marido foi até a residência alegando que seu esposo havia sofrido um acidente de trabalho e que estaria no hospital.

O colega pediu que a mulher entrasse no carro, afirmando que era preciso a presença dela com urgência no hospital.

Logo ao entrar o homem trancou as portas do veículo e foi em direção ao bairro Oliveira. Percebendo que estavam indo na direção contrária a vítima questionou onde estavam indo. O autor puxou uma arma e a mandou ficar quieta.

Ele disse que queria dinheiro. Pediu o cartão do banco para sacar. Ela respondeu que o limite que poderia sacar era de R$1 mil, ele queria R$15 mil.

 

Foto: Polícia Civil/Divulgação

 

Ela revelou que em casa havia R$8 mil. Algum tempo depois, ele disse que um comparsa estava com sua filha em um lixão. Voltaram à residência e pegaram o dinheiro. Seguiram para o lixão, em Biguaçu.

 

NO LIXÃO

No endereço, o autor mandou que ela andasse em sua frente, indo em direção a um local deserto, em uma trilha na mata fechada.

Ele colocou uma luva e a pegou pelo pescoço, encostando algo em sua cabeça. Ela implorou para que ele não a matasse. Prometeu não contar o ocorrido para ninguém.

 

DE VOLTA À TIJUCAS

Voltaram para Tijucas. Ele a fez ligar para a polícia e ficou ao lado escutando. Mandou ela dar a primeira versão, da dupla de criminosos em um carro branco.

A ligação com o mesmo relato também foi feita para o marido da vítima.

 

MAIS AMEAÇAS

Antes de ir embora, o autor a ameaçou, disse que se ela contasse a verdadeira história para alguém, ele estaria “de olho'' e mataria sua filha.

 

AUTOR

Com as novas informações a guarnição conseguiu encontrar o suspeito, o seguiram até um posto de combustível no bairro Joaia, onde foi realizada a abordagem.

Não havia nada de ilícito com ele. O homem alegou que as acusações foram inventadas pelo pessoal da empresa que não gostava dele, pois sabiam que ele estava com uma dívida no banco em nome de sua esposa e a instituição bancária iria tomar sua casa.

Consultando o sistema de leitura de placas, foi possível constatar que o carro usado pelo suspeito era o mesmo dos locais e horários informados pela vítima.

Ele foi preso e levado para a delegacia, onde confessou o crime e informou a localização da arma e do dinheiro.

 

DINHEIRO

Por volta das 3h desta quinta-feira, 17, a Polícia Civil encontrou o dinheiro. A quantia estava em um carro, já sucateado, próximo a uma oficina no Centro. A arma utilizada não foi localizada. O caso segue em investigação e deve ser finalizado no fim da manhã.

 

 

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