Não vai adiantar apenas se dizer bolsonarista. Terá que provar, convencer. E esse é o rascunho que se desenha da disputa eleitoral de Santa Catarina em 2026. Com 26 dias do ano contados no calendário, acelerou as articulações políticas, e o capital político da direita, deverá ser disputado a ferro e fogo por dois nomes: João Rodrigues (PSD) e Jorginho Mello (PL). Dentro do espectro, será ‘eles contra eles’.
Para qual público João Rodrigues fala? Para o bolsonarista fervoroso. Com qual público Jorginho Mello dialoga? O mesmo grupo. A diferença entre ambos, no entanto, está na habilidade de criar narrativas. Rodrigues, radialista por constituição, tem química com o microfone e sabe manejar a audiência. Já Mello teve que trocar a comunicação do Governo e tenta se entender com esse mundo.
Foto: NSC/Divulgação
Numa espécie de autofagia, ambos estarão ligados ao ex-presidente Bolsonaro, e tentando agarrar a herança eleitoral de Jair. Em interface com as articulações e conversas ao pé-de-ouvido, a pré-campanha será dos vídeos, engajamentos, e das falas milimetricamente planejadas para impactar a direita catarinense. E de articulação de guerrilha para amarrar lideranças, prefeitos e partidos dos principais colégios eleitorais. E já começou.
No encontro de 25 de janeiro, em Itapema, havia representação de cinco partidos. O PL de Jorginho vai ter que acelerar. As urnas comprovam, com dados recentes, que apenas ter alinhamento com prefeitos; e cofre liberado com dinheiro em cascata; não é suficiente para fazer eleição. Carlos Moisés é a prova viva. Amargou o terceiro lugar na eleição de 2022. Claro, que outros fatores também contribuíram para o resultado do ex-governador, e a 'pecha' de traidor foi um deles.
Da boca de João um dado: 10 disputas, 10 vitórias. Incluindo uma judicial na qual ele afirma ter sido uma tentativa "do sistema" de tirá-lo do jogo. Aliás, aí já aparecem as notas da narrativa que Rodrigues vai traçar e desenvolver nos próximos meses: um sistema que usa todos os meios para impedir que os "incômodos" cheguem as urnas. Isso, nas próprias palavras do prefeito de Chapecó. Em qual ouvidos esse discurso virá música? No bolsonarismo que ainda tenta reverter inelegibilidade de Bolsonaro para que seja candidato a presidência.
Já Jorginho tem quatro eleições bem-sucedidas para deputado estadual, duas como deputado federal, uma para senador e outra para governador. Para ele, além do status de bolsonarista, vai pesar a avaliação do governo. Em dezembro de 2024, uma pesquisa encomendada pelo Grupo ND ao Instituto Mapa, apontou que o governo Jorginho era aprovado por 75% da população. O nível de desaprovação foi de 19%.
As primeiras pesquisas, já com os dois colocados na jogada, poderá clarear como será o comportamento do eleitorado catarinense. É subir o som e assistir a corrida de 2026, que pelas primeiras voltas já indicam tensão. Para Jorginho, no entanto, o cenário de divisão da direita, pode se tornar uma pedra monstruosa no sapato.
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