E é justamente toda essa história que o jovem empresário Jakson Giovani Darosci Franzen, de 22 anos,  tenta resgatar através de itens específicos: camisas de futebol. Colecionador, ele é apaixonado pelo esporte e pelos uniformes.

O encanto com as camisetas surgiu aos cinco anos. Uma paixão que ganhou formas e traços ao longo do tempo. Primeiro, através de presentes dos familiares. Mais tarde, com o próprio dinheiro. No início,  eram apenas clubes conhecidos nacionalmente e internacionalmente.

 

 

Hoje, no roupeiro,  mais de 150 camisas já estão devidamente apresentadas. E a coleção, deu espaço para outras paixões: clubes catarinenses profissionais, amadores, em atividade e até extintos. Agora, são itens de quase 50 clubes de todo o Estado. 

 

 

Eu comecei a colecionar com cinco anos. Ganhei camisas do São Paulo, do Internacional, do Santos, do Milan... Eu fui gostando sempre, desde moleque. A partir de 2018, eu comecei a trabalhar e ter um dinheirinho, e comecei a ser realmente um colecionador. Comprar camisetas. Devo ter umas 150 camisas chutando por cima e tenho de mais de 50 clubes”.

     Jakson Giovani Darosci Franzen, colecionador 

 

Com o sonho de ser o principal colecionador da cidade, hoje ele é o único membro tijucano da Associação Catarinense dos Colecionadores de Camisas de Futebol (Acccaf).  E a nova meta é resgatar a história do Tiradentes, único clube profissional de futebol da Capital do Vale.

 

 

Eu não acompanhei o Tiradentes, sou de 2000. Tiradentes foi extinto em 2004. Mas eu sempre passava lá pra ver o jogo do AV 13 e sabia que era lá. Meu pai contava histórias, meus amigos contavam histórias. E eu decidi procurar no Mercado Livre. Achei lá, na hora peguei e vi: ‘meu, que coisa linda’. Comecei a ir atrás, caçando todas as camisetas”.

?     Jakson Giovani Darosci Franzen, colecionador 

 

Atualmente, cinco camisetas já fazem parte da coleção. Entre elas,  uma usada na decisão do Campeonato Catarinense da segunda divisão, de 2002, diante do Caxias de Joinville. A intenção é aumentar ainda mais a quantidade de itens do azulão, mantendo essa história viva.

 

 

Meu principal interesse é resgatar toda a história do clube. Toda é impossível, mas muitas partes da história do clube. Resgatar todas as camisetas, itens ou tudo que vem do Tiradentes. Até porque nossa cidade é pequena, tá crescendo agora e foi o único clube que representou a gente profissionalmente. Então, quem tiver camisetas e artefatos, ou conheça quem tem, pode entrar em contato comigo que a gente busca pra tentar resgatar essa história o máximo possível”.

?     Jakson Giovani Darosci Franzen, colecionador 

 

 

POUCAS LEMBRANÇAS

Em 2022, restam poucas lembranças do azulão. A maior delas, claro, fica no coração da cidade, às margens da BR-101: o Estádio Sebastião Vieira Peixoto. Além das cores,  apenas duas pinturas do escudo e o nome do clube enfeitam a fachada, na entrada do campo.

 

 

A antiga sede do Tiradentes foi comprada pela Prefeitura de Tijucas em 2011 e  entregue à comunidade no ano seguinte. Equipe amadora de futebol, a Associação AV 13 Esporte Clube é responsável pela manutenção e gestão do estádio.

 

 

Além do uso em eventos públicos e nas competições municipais de futebol,  o “Tatão” abriga diariamente uma escolinha de futebol oficial do Club Athletico Paranaense, do professor Auri Silva Júnior. Grupos de empresários se reuniram, recentemente, para reativação da diretoria do clube.

 

Imagem: Drone/VipSocial

 

 

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