As investigações apontam que o suspeito pesquisava, consumia e divulgava conteúdo de ódio, além de interesse em ataques terroristas. Alvo de um mandado de busca e apreensão em agosto do ano passado, na casa dele foram apreendidos equipamentos eletrônicos, onde ao fim da investigação, a polícia entregou um inquérito à Promotoria de Justiça de Florianópolis, criada para identificar grupos que apoiam movimentos nazistas.

Segundo o delegado Arthur Lopes, os neonazistas recrutam apenas meninos. Durante os jogos, os recrutadores faziam nos chats piadas racistas, antissemitas, misóginas, homofóbicas, estimulando assim os jogadores a elevar a crueldade nos comentários. Em seguida, os recrutados são convidados a fazerem parte de um jogo de "brincar de ser nazista", em que os jogadores publicam mensagens de ódio contra minorias nas redes sociais. Quanto mais violento e nojento for o comentário, mais quem o fez é valorizado pelos neonazistas.

Conforme o delegado, não é raro encontrar nos computadores dos recrutados imagens de zoofilia e pedofilia. Também não é raro que os recrutadores sejam pedófilos.

 

ANTECEDENTES

 

O jovem preso nesta sexta-feira, tinha um histórico criminal de violência na escola. Por vários anos, ele também publicava mensagens racistas e antissemitas.

Ele chegou a agredir uma professora com um soco na boca em sala de aula e não aceitava ser ensinado por um professor negro.