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Vereador enfrenta segundo processo de cassação por suposto uso indevido do cargo
O vereador Gustavo Grimm, do Cidadania, enfrenta um segundo processo de cassação em São João Batista, desta vez, acusado de utilizar sua influência como parlamentar para processar a própria prefeitura em um caso relacionado a um loteamento de propriedade de sua família no bairro Tajuba I.
A denúncia foi apresentada por Seloir da Silva, moradora do bairro Carmelo, e alega que Grimm violou o dever, a ética e o decoro parlamentar. Segundo a denunciante, o vereador não poderia representar legalmente o caso, uma vez que ocupava o cargo de vereador na cidade. Recentemente, Grimm solicitou uma licença do cargo, alegando que, dessa forma, não estaria no exercício de suas funções parlamentares. No entanto, Seloir argumenta que ele continuava sendo vereador, a menos que tivesse renunciado ao cargo.
Foto: Câmara de Vereadores/Arquivo
A denúncia acusa Grimm de usar sua influência política e proximidade com o prefeito Pedro Alfredo Ramos, conhecido como Pedroca, para pressionar o Poder Executivo a reconhecer uma rua como propriedade familiar. Esse reconhecimento era necessário para viabilizar a realização de um loteamento no local.
É importante destacar que esse é o segundo processo de cassação enfrentado por Gustavo Grimm. No ano passado, ele foi acusado de oferecer um "implante nos dentes" à procuradora do município, Neiva Cordeiro, em troca de uma decisão favorável relacionada ao mesmo loteamento. Na época, Grimm negou as acusações e afirmou que processaria a procuradora.
A denúncia já está nas mãos dos vereadores da cidade, que avaliarão o caso. Em resposta à reportagem do Jornal Correio Catarinense, o vereador Gustavo Grimm alegou que seu pai havia feito um pedido administrativo em 2016 à prefeitura para nomear uma rua que era pública. Esse pedido não foi julgado pela prefeitura na época e acabou sendo arquivado sem uma decisão.
