A gravação, inicialmente,  foi publicada pela tia do adolescente, de 15 anos, atingido no rosto por um soco. Após a divulgação, o vídeo teve centenas de compartilhamentos, mais de 10 mil visualizações e passou a circular nos grupos de WhatsApp.

 

Fotos: Reprodução/Redes Sociais

 

Um outro adolescente, aluno do mesmo colégio, aparece de costas caminhando em direção ao outro menor. Durante a caminhada,  outros estudantes usam expressões para encorajar e incentivar o colega, como “dale” e “vai, parça”.

O agressor, que nas imagens pode ser identificado pelo número 7 nas costas,  empurra o adolescente e em seguida desfere um soco na região da boca. Nas redes, familiares garantiram que “lutarão na Justiça” contra os responsáveis.

 

 

A vítima sofreu sérios problemas na arcada dentária. Inicialmente, o menor foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento municipal,  mas, devido a gravidade, foi levado para o Hospital Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú. Um boletim de ocorrência foi registrado pela família.

 

ESCOLA EMITE NOTA

 

Após o ocorrido, a gestão da escola emitiu uma nota de esclarecimento, relatando as ações tomadas após a agressão. Inicialmente,  os pais dos dois alunos foram chamados para uma conversa. O responsável pelo agressor, teria, inclusive, afirmado que ajudaria financeiramente no tratamento.

Além disso,  o texto argumenta as dificuldades de expulsar o aluno do colégio  e pede atenção aos “rótulos” aplicados por comentários às famílias dos envolvidos, argumentando a diferença de comportamento entre os alunos quando estão perto e longe de seus pais. Veja abaixo a nota completa:

 

Esclarecimentos.
Em relação a agressão, que ocorreu na rua Manoel Felipe da Silva, no embarque dos alunos ao término das aulas da unidade escolar.
A conclusão é que, diante de um ambiente conturbado e vulnerável, a escola perde suas características e funções essenciais de educação, socialização, promoção da cidadania e do desenvolvimento pessoal.
A escola tomou sim as providências, preliminares, também temos nossos limites.
xpulsar um aluno com a legislação atual é muito complicado, a escola tem regras a cumprir. (A doutrina especializada, com respaldo no Estatuto da Criança e do Adolescente e na Constituição Federal, se manifesta pela ilegalidade das medidas disciplinares como a expulsão ou transferência compulsória de estudantes, haja vista a garantia constitucional de permanência na escola).
As famílias foram chamadas imediatamente até a escola, as famílias conversaram, o pai do agressor, se colocou à disposição da família do aluno agredido, se prontificou imediatamente em custear financeiramente o tratamento.
Quando se rotula uma família temos que ter cuidado. Muitos na presença dos pais representam uma coisa , mas longe são inconscientes e senhores de suas razões.
São alunos menores, às medidas legais foram tomadas. Fomos até onde a escola pode ir. Parte legal cabe agora aos envolvidos.
Infelizmente, a intolerância mancha mais uma vez o nome de nossa unidade escolar". 

Gestão da Escola de Educação Básica, nota oficial