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Engana-se quem pensa que as configurações familiares dos brasileiros são compostas por pai, mãe e filhos. Muitos jovens são criados ou têm relações próximas com os avós, algo que vale a pena destacar.
No Brasil e em outras sociedades do Ocidente, há o estereótipo de que jovens e idosos têm pouco ou nada em comum, com os mais novos reclamando do tempo que precisam dedicar aos pais e avós. A verdade é que o estereótipo não apenas representa uma minoria, como vem mudando cada vez mais.
Em um artigo sobre a alfabetização digital, a ExpressVPN aponta que 80% dos membros das gerações mais antigas que utilizam as tecnologias contam com o apoio de filhos ou netos. Esse não é o único momento que os indivíduos compartilham, demonstrando um estreitamento das relações familiares.
Nesse texto nós vamos abordar como as interações entre as gerações têm se transformando, começando pelo impacto das tecnologias de comunicação em massa em cada grupo e em seguida destacando exemplos práticos. Ao fim, você perceberá a multiplicidade de jeitos como os vínculos são fortalecidos.
A televisão chegou ao Brasil nos anos 1950, o que significa que o primeiro contato das gerações mais antigas com as mídias de comunicação massiva foi através do rádio. Mesmo aqueles nascidos décadas depois podem ter entrado em contato com a TV posteriormente, considerando o acesso ao aparelho.
Por outro lado, a Geração Z, composta por adolescentes e jovens adultos, já nasceu com a internet. Essa diferença ajuda a explicar o fato de que, segundo o artigo da ExpressVPN, 67% dos entrevistados que compõem as gerações mais velhas dependem de filhos e netos para utilizar recursos tecnológicos.
Da mesma maneira que um “zoomer” provavelmente teria dificuldades em sintonizar uma televisão em preto e branco, a mesma resistência é encontrada com os “boomers” e a internet. Não se trata de uma incapacidade de lidar com os dispositivos, apenas o contato com algo que é completamente novo.
O mesmo artigo citado em outras partes desse texto destaca a importância de jovens educarem pais e avós quando o assunto é a segurança no uso das tecnologias.
Vale lembrar que, além do impacto direto das tecnologias, há outras formas pelas quais jovens e idosos estão fortalecendo suas relações. As interações intergeracionais não se limitam a dispositivos eletrônicos ou à internet; elas envolvem um intercâmbio valioso de experiências e perspectivas, que enriquece ambos os lados.
Um exemplo marcante é o aprendizado mútuo em atividades cotidianas. Jovens, por exemplo, podem ensinar avós a utilizarem ferramentas digitais, mas também podem aprender receitas tradicionais, técnicas de jardinagem ou até mesmo histórias familiares transmitidas oralmente. Esse intercâmbio cria um senso de continuidade entre gerações, reforçando o sentimento de pertencimento.
Nós vamos destacar quatro formas como isso pode ser feito, exemplificando como as relações entre as gerações vêm sendo redefinidas.
A palavra “segurança” foi mencionada durante a introdução dessa lista e merece ser explorada em mais detalhes aqui. De cara, é preciso dizer que a inteligência não é um fator determinante para não se cair em golpes: criminosos online sabem exatamente como aplicar fraudes em grupos específicos.
O melhor a se fazer, a partir disso, é conscientizar as gerações mais velhas a respeito de golpes comuns na internet e o que podem fazer para se proteger. Se você tem um pai ou avó pouco versado no uso dos recursos digitais, ensine-o a nunca fornecer os dados pessoais ou clicar em links que desconheça.
Foto de Pexels
É comum que membros de gerações mais antigas reclamem que os mais jovens estão “o tempo todo no celular”, o que de cara é algo negativo, mas não precisa ser! Ao mesmo tempo em que há uma crítica válida aí, a respeito de viver o presente, é possível aproveitar o lado positivo dessas conexões.
Ao baixar e utilizar o WhatsApp, por exemplo, os pais e avós podem enviar mensagens instantâneas e manter um contato direto com filhos e netos. Aliado às conversas por texto, o app verdinho (e outros similares) permite o envio de fotos e vídeos e ligações por áudio ou vídeo, o que é muito proveitoso.
Os tipos de entretenimentos digitais disponíveis na internet não são exclusivos dos mais jovens. Pense nas plataformas de streaming de conteúdo, por exemplo. Apps como o Globoplay têm em seu catálogo novelas que vão agradar pais e avós, os quais já estão acostumados com esses programas na televisão.
O mesmo vale para o aprofundamento de hobbies que já possuam, como tutoriais de receitas, tricô ou atividades manuais. Usar ferramentas digitais com esse objetivo é outra oportunidade de estreitar laços entre as gerações de uma mesma família, compartilhando os conhecimentos de ambas as partes.
É comum que indivíduos mais velhos tenham a mobilidade reduzida, o que não os impede de realizar muitas atividades, mas dificulta um pouco as coisas. Nesse sentido, a internet e os demais recursos digitais que ela traz entregam uma espécie de independência e possibilidades além do que é físico.
Isso vem associado às configurações de acessibilidade dos dispositivos eletrônicos, as quais podem ser modificadas por filhos e netos. Letras maiores, comandos por voz, contraste de cores e outros servem ao propósito de facilitar o uso de smartphones e demais gadgets por parte dos usuários mais velhos.
Embora as ferramentas digitais sejam um facilitador poderoso, as interações cara a cara continuam a desempenhar um papel crucial. Reuniões familiares para jogos de tabuleiro, passeios ao ar livre ou sessões de contação de histórias são exemplos de momentos simples, mas significativos, que aproximam diferentes gerações.
Esses momentos ajudam a reforçar a ideia de que, apesar das diferenças de idade ou contexto, todos compartilham valores e memórias que os conectam. O fortalecimento desses vínculos é essencial para criar um ambiente familiar harmonioso e acolhedor, onde todos se sintam valorizados.
À medida que as configurações familiares evoluem, a conexão entre jovens e idosos se torna ainda mais essencial. Seja por meio da tecnologia, de atividades práticas ou de momentos de convivência, cada interação oferece uma oportunidade única de aprendizado e crescimento mútuo.
O que realmente transforma essas relações é o respeito pelas diferenças e a disposição de enxergar no outro não apenas um membro da família, mas uma fonte inesgotável de histórias, conhecimentos e afetos. Afinal, são os pequenos gestos cotidianos que criam os laços mais duradouros e significativos.
Para além das vantagens práticas, como a segurança dos mais velhos na internet, as tecnologias têm também o papel de estreitar laços e permitir a compreensão de visões de mundo que muitas vezes parecem opostas. Se você é jovem e tem avós vivos, aproveite para dedicar um tempinho extra a eles!
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